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Obra “Fundo Rainha D. Leonor – obras nas Misericórdias” apresentada na Festa do Livro em Belém

11 Setembro 2024

FRDL

Presidente da República e Provedor da Santa Casa marcaram presença na apresentação da segunda edição do livro, que reúne as mais de 140 intervenções levadas a cabo pelo Fundo.

A segunda edição do livro “Fundo Rainha D. Leonor – obras nas Misericórdias” foi apresentada ontem, dia 5 de setembro, na Festa do Livro que decorre até domingo no Palácio de Belém. A obra reúne as mais de 140 intervenções levadas a cabo pelo Fundo Rainha D. Leonor (FRDL) criado em 2015 pela Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, num acordo de parceria com a União das Misericórdias Portuguesas e que conta já com um investimento superior a 23 milhões de euros.

Na apresentação estiveram presentes o anfitrião Marcelo Rebelo de Sousa, Presidente da República, Paulo Sousa, Provedor da Santa Casa, Manuel de Lemos, presidente da União das Misericórdias Portuguesas, e Inez Dentinho, do Conselho de Gestão do Fundo Rainha D. Leonor.

O Presidente da República deu os parabéns pela obra, falando do trabalho e dedicação despendidos e abordando o papel das Misericórdias espalhadas por todo o país.

“Este livro é, a vários títulos, muito importante”, referiu Marcelo Rebelo de Sousa, acrescentando que foi “concebido para retratar uma forma muito feliz de dar sentido nacional a uma rede de apoio, a partir da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa”.

Por seu lado, o Provedor da Misericórdia de Lisboa explicou que o FRDL “é um verdadeiro testemunho da missão que a Santa Casa tem abraçado ao longo dos seus 526 anos, de servir as boas causas, apoiar os necessitados e a preservar, também, o património histórico que carrega a identidade de muitas gerações”.

Especificamente sobre o livro, Paulo Sousa comentou que “a sua publicação é um meio de partilhar com todos os portugueses o resultado de uma missão e de um Fundo que se dirige, de facto, a todos”.

Também Manuel de Lemos, presidente da União das Misericórdias Portuguesas, recordou a história do FRDL, criado em 2015, assegurando que “este livro representa sempre um grande suplemento de alma e os portugueses movem-se sempre muito por estas questões”.

Por fim, e após ouvir muitos elogios pela publicação desta obra, Inez Dentinho, do Conselho de Gestão do FRDL, citou alguns dos números atingidos desde que o Fundo nasceu, em 2015.

“Chamamos a isto uma utopia com resultados, porque, de facto, há muitos resultados. São 142 projetos, 114 na área social e, a partir de 2017, apareceram os projetos na área de recuperação de património. Foram 26 igrejas dos séculos XVI, XVII e XVIII que foram reabilitadas”, lembrou.

Inez Dentinho destacou depois alguns dos exemplos de intervenção do Fundo, como o caso dos relicários encontrados em Celorico da Beira, do século XVII, ou as 27 pinturas a óleo protegidas entre as paredes da Igreja da Misericórdia de Salvaterra de Magos aquando de uma cheia no século passado, entretanto recuperadas e novamente expostas ao público.

Inez Dentinho, do FRDL, na apresentação do livro

Cadernos Técnicos do SOL presentes

Além desta obra, a Misericórdia de Lisboa, que está representada na Festa do Livro pelo seu Centro Editorial, expõe igualmente no evento outras obras que refletem as boas causas da instituição nas diferentes áreas em que intervém na sociedade, como são exemplo os livros “Revolução, Pá! O 25 de Abril na Misericórdia de Lisboa – vol. I”, que retrata a Revolução dos Cravos através dos olhos daqueles que a viveram na Santa Casa, e o volume 6 do Projeto Reliquiarum, “Relíquias: teólogos, teologias e hagiografia”.

Entre as edições presentes estão também cadernos técnicos, nomeadamente os do SOL – Serviço Odontopediátrico de Lisboa, cujo mais recente volume inclui seis novos artigos que exploram as seguintes problemáticas: oligodontia: a propósito de um caso clínico; impacto do piercing na cavidade oral; fatores que contribuem para o consumo de açúcares em idade escolar; considerações sobre a mordida aberta anterior com etiologia no uso prolongado da chupeta; prevalência de cárie no primeiro molar permanente numa população portuguesa com idade entre os 6 e 9 anos; e estudo da perceção do cuidador sobre o estado de saúde num grupo de crianças e jovens.

A exposição destes cadernos contou, no primeiro dia da Festa do Livro, com a presença de André Brandão de Almeida, administrador da Santa Casa com o pelouro da Direção de Saúde, e um dos autores dos cadernos técnicos.

“Chamamos a isto uma utopia com resultados, porque, de facto, há muitos resultados. São 142 projetos, 114 na área social e, a partir de 2017, apareceram os projetos na área de recuperação de património. Foram 26 igrejas dos séculos XVI, XVII e XVIII que foram reabilitadas”, lembrou.

Inez Dentinho destacou depois alguns dos exemplos de intervenção do Fundo, como o caso dos relicários encontrados em Celorico da Beira, do século XVII, ou as 27 pinturas a óleo protegidas entre as paredes da Igreja da Misericórdia de Salvaterra de Magos aquando de uma cheia no século passado, entretanto recuperadas e novamente expostas ao público.

Obra “Fundo Rainha D. Leonor – obras nas Misericórdias” apresentada na Festa do Livro em Belém