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Obra apoiada pelo Fundo Rainha D. Leonor recebe menção honrosa

6 Julho 2022

Coruche

O restauro da Igreja da Misericórdia de Coruche venceu a primeira menção honrosa do Prémio Gulbenkian Património. As obras receberam o apoio do Fundo Rainha D. Leonor (FDRL), no valor de 300 mil euros.

A reabilitação estrutural e restauro da Igreja da Misericórdia de Coruche venceu a primeira menção honrosa do Prémio Gulbenkian Património – Maria Tereza e Vasco Vilalva. O júri do Prémio considerou que o projeto da Misericórdia de Coruche “contribui para a preservação e valorização do património cultural do nosso país”.

Esta requalificação visou o reforço estrutural e o restauro do seu interior, nomeadamente a “descoberta do retábulo primitivo e de frescos extraordinários em todos os tramos de paredes e teto”, defendeu Inez Dentinho, membro do Conselho de Gestão do Fundo Rainha D. Leonor.

As obras, que tiveram um custo total de 865 mil euros, receberam o apoio do Fundo Rainha D. Leonor, da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, no valor máximo de subvenção de 300 mil euros, bem como do Município de Coruche, sendo o restante montante angariado pela Santa Casa da Misericórdia de Coruche, proprietária do imóvel.

Para apoiar a realização da obra, o Fundo Rainha D. Leonor teve em conta que embora estruturalmente parecesse estabilizada, o estado de conservação da Igreja era “preocupante”.

O projeto de Conservação e Restauro dos Tectos Mudéjares da Sé do Funchal, na Madeira, venceu o Prémio Gulbenkian Património – Maria Tereza e Vasco Vilalva, pela “exemplaridade da intervenção”, que “prolonga a arte mudéjar no tempo”. De acordo com um comunicado da Fundação Calouste Gulbenkian, que atribui o prémio de 50 mil euros, o júri destacou não só a “exemplaridade da intervenção”, mas também a “relevância patrimonial, artística e social” do projeto.

O júri do prémio Gulbenkian Património, constituído por António Lamas, Raquel Henriques da Silva, Gonçalo Byrne, Luís Ribeiro, Santiago Macias e Rui Vieira Nery, deliberou ainda, por unanimidade, atribuir duas menções honrosas.

A primeira menção honrosa foi para a reabilitação estrutural e restauro da Igreja da Misericórdia de Coruche, propriedade da Santa Casa da Misericórdia de Coruche, proposta pela Conservation Practice – Consultoria em Património Histórico.

A segunda foi atribuída à recuperação da Moradia Marques da Silva, localizada na Rua Álvares Cabral, nº 103, no Porto, proposta pelo ateliê Franca Arquitectura.

O Prémio Gulbenkian Património – Maria Tereza e Vasco Vilalva foi criado em 2007 e distingue anualmente um projeto de excelência na área da conservação, recuperação, valorização ou divulgação do património cultural português, imóvel ou móvel.

Obra apoiada pelo Fundo Rainha D. Leonor recebe menção honrosa