Santa Casa apoia mais nove misericórdias
FRDL
O Fundo Rainha D. Leonor formalizou a assinatura de contratos de financiamento com mais nove misericórdias. Desde 2015, o Fundo já apoiou 90 misericórdias em todo o país, num investimento que ultrapassa os 15 milhões de euros.
“Comprometemo-nos, obviamente, a dar continuidade a este trabalho conjunto que tem vindo a ser feito”. Foi desta forma que Edmundo Martinho, provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML), se referiu à obra do Fundo Rainha D. Leonor (FRDL), esta sexta-feira, 29 de junho, na sala de Sessões, na cerimónia que assinalou os contratos de financiamento com mais nove misericórdias.
A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, através do Fundo Rainha Dona Leonor (FDRL), continua a apoiar fora de portas. Desta vez são nove misericórdias de todo o país, em projetos na área social e de recuperação do património. Ao todo, trata-se de um investimento de 1.610.706,89 euros, beneficiando centenas de pessoas.
De assinalar a presença de todos os membros da Mesa da Misericórdia de Lisboa e do Conselho de Gestão do Fundo Rainha D. Leonor.
Os contratos de financiamento, em projetos para a área social, foram celebrados com as misericórdias de Caminha (38.375,10 €), Coimbra (234.881,86 €), Freixo de Espada à Cinta (90.000,00 €), Paredes (180.085,23€), Ponte de Lima (241.480,31 €), Sever do Vouga (125.000,00 €), Vila Flor (230.055,85 €) e Obra da Figueira (212.139,02). Já em projetos na área da recuperação do património, foi assinado um contrato com a Misericórdia de Évora (258.689,52€).
“Comprometemo-nos, obviamente, a dar continuidade a este trabalho conjunto que tem vindo a ser feito”, começou por dizer Edmundo Martinho. E continuou: “Este ano, por ser o ano Europeu do Património Cultural, e já estamos a trabalhar nesse sentido, queremos dar um enfoque especial à questão do património cultural das misericórdias”.
O provedor expressou a sua vontade em dar continuidade e aprofundar o relacionamento estabelecido entre a União das Misericórdias Portuguesas (UMP) e a Misericórdia de Lisboa. “O nosso compromisso é continuar a disponibilizar às misericórdias, e por essa via, à disposição do país, parte dos recursos da SCML”.
O dia foi de renovação de votos entre a SCML e a UMP. O provedor destacou que o Fundo se caracteriza pela cooperação, a união e a responsabilidade social entre instituições.
“Uma obra magnífica!”. É desta forma que Manuel de Lemos, presidente da União das Misericórdias Portuguesas, classificou o Fundo Rainha Dona Leonor, no início da sua intervenção. “A SCML deu uma extraordinária resposta de solidariedade, de cooperação com as outras misericórdias do país com a criação deste Fundo”.
O presidente da UMP renovou os agradecimentos à Santa Casa e destacou a capacidade da SCML em ajudar as outras misericórdias em diferentes áreas. “Estamos a trabalhar (SCML e UMP) no sentido de aprofundar o trabalho na área do património cultural, porque de facto, a recuperação e a salvaguarda do património é algo que destingue as misericórdias das outras IPSS”.
Já Alípio Gonçalves de Matos, provedor da Misericórdia de Ponte de Lima, lembrou as dificuldades com que as misericórdias se debatem todos os dias, destacando a importância do Fundo Rainha Dona Leonor para as misericórdias do país.
FRDL
Criado pela Santa Casa da Misericórdia de Lisboa e pela União das Misericórdias Portuguesas, em 2015, o Fundo Rainha D. Leonor nasceu da convicção da SCML de que as boas causas devem sair das fronteiras da capital.
O objetivo é ajudar as misericórdias portuguesas no seu trabalho em causas sociais prioritárias, dando o seu contributo para a coesão social e territorial do país.
Desde a sua criação, e a contar com estes nove projetos, o Fundo Rainha Dona Leonor já apoiou 90 misericórdias em todo o país, e o apoio total ascende a um valor superior a 15 de milhões de euros. Sendo que 37 projetos já foram inaugurados, 44 estão em obra (sem contar com estes nove).
Desde 2017 que o apoio do Fundo se dirige também à recuperação do património histórico das Misericórdias, tantas vezes relegado para segundo plano dada a urgência das causas sociais.